terça-feira, 19 de julho de 2011

Ele (se) mudou

Ainda não caiu a ficha de que não moramos mais juntos. Tem, sim, dado um aperto no coração quando vejo uma só toalha pendurada no banheiro. Já estou ficando entediada com sua cama todos os dias do mesmo jeito, vazia. Mas por enquanto a sensação é de viagem, como se você fosse voltar, e, com você, as conversas noite afora. A arte agora é saber transpô-las para e-mails e telefonemas (e momentos condensados em que vamos estar juntos). A arte e o desafio.
Me lembrei das várias partidas, das viagens, da plaquinha de madeira, dos bilhetes escondidos no meio da mala. Lembrei da prece (que não pude deixar de reproduzir ao final, com as minhas alterações).
Experimento "mixed feelings". Uma saudade que arroxa o peito e mareja os olhos. Um egoísmo, que dá vontade de te rebocar de volta, pra ficar perto de mim. Orgulho e alegria, de te ver ir, atrás do seu sonho, construir seu destino, mudar.
Em termos práticos: 1. vou dar um jeito de engarrafar puns; 2. tratarei de encaminhar por e-mails os artigos do Pondé quando as segundas forem inspiradas; 3. enquanto você não transferir a assinatura, prometo, mensalmente, fazer uma leitura rápia da "Vida Simples" e em seguida te encaminhá-la por correio; 4. abusarei do meu plano Tim Infinity + terei paciência com a duvidosa qualidade das ligações interurbanas; 5. estarei mais presente em casa; 6. te manterei atualizado das minhas idéiais "worth spreading" (e das not worth spreading também); e last but not least, 7. estarei sempre aqui, há um toque de telefone ou há um vôo de apenas 50 minutos de distância, para o que der e vier!

E os tradicionais dizeres finais...

Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente às suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que a chuva caia de mansinho em seus campos.
E até que nos encontremos de novo.
Que você não me mate de saudades!

Um grande beijo, com carinho.