quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O natal vem vindo...vem vindo o natal

Desculpe começar o post assim. Aqueles malditos caminhões fizeram uma lavagem na minha cabeça, de modo que hoje, quando pensei em que título dar ao post sobre o natal e o papai noel, foi esse famigerado refrão a primeira coisa que me veio à cabeça. 
Acabei de ler um post do Gian sobre o natal que me deu vontade de escrever aqui de novo. O post dele é dividido em duas partes. A das luzes, onde ele discorre sobre as bregas e assimétricas luzinhas de natal que enfei(t)am os prédios da cidade. E a das sombras, onde mostra as aproximações entre o santa (claus) e o satan com muita propriedade. Para os que ficaram curiosos: http://www.gianprof.blogspot.com/

Dá vergonha de assumir, mas um dia eu já enchi o saco da minha mãe para que comprasse para mim um saco de neve artificial. Foram semanas de suplício para as empregadas, aqueles "flocos" se espalhavam por toda a sala, exigindo um esforço de limpeza triplicado. 
Hoje jamais compraria uma neve dessas para minha filha. Fico revoltada com essa mania de fingir que é inverno no Brasil e vestir o bom -será que ele é bom mesmo?- velhinho com aquelas roupas tão quentes. É no mínimo brega, pra não falar da baita dominação cultural que representa.
Falei um dia com meu irmão que quando nós formos os pais, e o natal for na casa da minha mãe, o papai noel trajará shorts e havaianas, e, porque não, a árvore será não um pinheiro, mas uma palmeira, ou uma jabuticabeira! 
Agora me pego pensando se vou aplicar essa fantasia toda nos meus filhos. 
Não quero ser xiita, nem tentar mostrar a realidade cruel para filhos - que ainda serão gestados (no estilo dos pais que proibem Disney, longe de mim). Acho sim que um pouco de fantasia é necessária e bem-vinda. Mas me questiono sobre a fantasia do papai noel. 
A idéia de que, ao mesmo tempo que ele traz presentes para os bonzinhos, vem castigar os que não se comportaram. Além disso o consumismo exagerado, as frustrações dos que cumprem a risca todas as simpatias para acordarem com embrulhos embaixo da árvore, mas às vezes nem tem árvore, ou tem, mas sem embrulhos. 
Apesar disso, gosto muito do natal. Não pelo que tem de consumismo ou de submissão cultural. Muito menos pelo seu valor religioso cristão - aliás, acho que os que se dizem cristão lembram muito pouco, no meio da maratona das compras ou da bebedeira em família, da historinha religiosa que tem por trás dessa data. 
Gosto de natal pelo espírito festivo e positivo que parece inundar todos os corações, e pelo encontro alegre com a minha família (e amigos, nas festas de depois da ceia). É uma oportunidade única de estar com a família. Naquela data ninguém tem compromissos, e todas as agendas estão, de ante-mão, sincronizadas (isso sim é mágico!).

E nesse espírito (sem dogmas de consumo ou de religião), desejo a todos um muito feliz natal!

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